13 March: Once upon a time this stream ran down the north side of Mount Royal to pool in Outremont, forming bogs which have since been transformed into Outremont and Saint Viateur parks. Now it runs through concrete pipe for some of its route, but in places it still sees the light of day. The photo was taken in Mount Royal cemetery where it is allowed to meander a bit. This morning, despite temperatures below freezing, there was no ice on it as it burbled away. More signs of spring.
16 March: Snowdrops in the front yard. When these started to show their heads a week ago, I was delighted to see that they've spread. Another triumph of Darwinian gardening! (That is: what will grow, will grow. Won't won't, we won't worry about.)
3 March: The first time I heard the excellent song "The Waters of March" by Tom Jobim, the rushing streams of spring were what I thought of, but now I realize that the waters referred to are really the fall rains after the Brazilian summer. Peu importe, as they say around here. It's a great song and very appropriate.
[Sung by Elis Regina (1945-82) -- nicknamed "furacão" ("hurricane") and "pimentinha" ("little pepper") -- Brazil's equivalent of Billie Holiday. Jobim's musical structure echoes the downward flow of drops, streams, gathering into rivers: the end of a season or a life, and the promise of renewal. - Ed.]
Lyrics
Águas de Março É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol É peroba do campo, é o nó da madeira Caingá candeia, é o matita-pereira É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira É o vento ventando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da cumeeira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de atiradeira É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto o desgosto, é um pouco sozinho É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto É um pingo pingando, é uma conta, é um conto É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando É a luz da manhã, é o tijolo chegando É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato, na luz da manhã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É uma cobra, é um pau, é João, é José É um espinho na mão, é um corte no pé São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terçã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração pau, pedra, fim do caminho resto de toco, pouco sozinho (bis) São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração. | The Waters of March A stick, a stone, It's the end of the road, It's the rest of a stump, It's a little alone It's a sliver of glass, It is life, it's the sun, It is night, it is death, It's a trap, it's a gun A pink plank of peroba A knot in the wood, A fox in the brush, The song of a thrush The wood of the wind, A cliff, a fall, A mysterious yearning Or nothing at all It's the wind blowing free, It's the end of the slope, It's a beam, it's a void, It's a hunch, it's a hope And the rain rains down And the river bank talks Of the promise of Spring Of the joy in your heart. The foot, the ground, The flesh and the bone, The beat of the road, A slingshot's stone. It's a bird in the sky It's a bird in the bush It's a buy, it's a gush. It's a morsel of bread. The bed of the well, The end of the line, Dismay in the face, At a little pain. A spear, a spike, A point, a nail, A drip, a drop, A story, a tale It`s a fish, it's a flash In the soft shining light, A truckload of bricks At the end of the night. It's a league, it's a day The end of a bite, It's a bottle of booze And a thorn in the foot. The plan of a house, A body in bed, And the car that got stuck In the mud, it's the mud. It's a step, it's a road, It's a frog, it's a toad, It's a bit of weed left In the morning light. And the waters of March Say the summer's end, Of the promise of life Of the joy in your heart. A snake, a stick, It is John, it is Joe, It's a thorn in your hand and a cut in your toe And the waters of March Say the summer's end, Of the promise of life Of the joy in your heart. It's a stick, it's a stone, It's the end of the line What remains of a touch, Of a little pain. And the waters of March Say the summer's end, Of the promise of life Of the joy in your heart. It's a step, it's a road, It's a frog, it's a toad, It's a sky clearing, It's a fever breaking. And the waters of March Say the summer's end, Of the promise of life Of the joy in your heart. Stick, stone, End of the line, Remains of a touch, A little pain. (Repeat) And the waters of March Say the summer's end, Of the promise of life Of the joy in your heart. |
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Mary Soderstrom’s blog Recreating Eden continues the themes of her books The Walkable City (2009), Green City: People, Nature & Urban Places (2007), and Recreating Eden: A Natural History of Botanical Gardens (2006). She has published several novels including The Violets of Usambara (2008). She lives in Montreal.
1 comment:
Glad you like the blog--and the song is really wonderful, não é?
Mary
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